Aproximadamente cinco séculos atrás, iniciava-se um processo histórico que ainda hoje apresenta permanências, sobretudo nas Américas. Em fins do século XV, europeus – especialmente os ibéricos – deram partida a um movimento de descoberta de novos territórios ainda desconhecidos na Europa. Nesse contexto, lançaram-se ao mar em busca de novas rotas marítimas que favorecessem suas trocas comerciais. Foi assim que chegaram, entre outros pontos no globo, às Américas.

Para analisar o processo de domínio português na América, faz-se necessário conhecer os aspectos relacionados ao contexto das grandes navegações ou expansão ultramarina. Dessa maneira, adquire relevância a compreensão dos fatores que conduziram Portugal à grande empreitada marítima que, inicialmente, estabeleceu a rota para as Índias e, em seguida, aportou nas terras que viriam se tornar o Brasil.

Após a chegada da frota de Pedro Álvares Cabral e o subsequente contato com os povos autóctones, um processo de colonização foi inaugurado, no qual houve a divisão territorial da chamada América Portuguesa em capitanias hereditárias, subdivisões latifundiárias da colônia portuguesa. No mesmo período, chegam os padres jesuítas com o objetivo de construir escolas e evangelizar os indígenas, povos vistos como pagãos pela doutrina oficial católica.

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